sexta-feira, 28 de novembro de 2014

The beginning of the end

Hoje não se fecha um ciclo, mas inicia-se o fecho de um ciclo.
Um ciclo longo onde fui muito feliz, acima de tudo, e onde dei tudo de mim.
Onde passei horas e horas, durante um determinado periodo da minha vida, muitas mais do que aquelas passadas em casa, e que hoje mostram-me que não fiz nada de que hoje me arrependa.





Deixei de fazer muitas coisas, sim, de me divertir, de fazer actividades, de relaxar, mas foi opção. Realizei-me em muito no trabalho que fiz. E, confesso, que não me arrependo.
Alguns dos meus colegas irão ficar chocados com esta afirmação. Mas não me arrependo.

Houve tempos que destruí um pouco da minha vida pessoal. Que deixei de ter e me dedicar a esse outro lado. Mas não foi culpa do trabalho. Foi culpa minha. Da minha falta de consciência das coisas. Da falta de capacidade de gestão.

E tive muita sorte. Durante muitos destes anos, tive sempre colegas/amigos que me acompanharam nessa viagem de dedicação profissional, horas tardias... Bons amigos. Que hoje não sentem que o esforço tenha valido. Mas eu não consigo pensar da mesma forma. A bem ou a mal, eu sentia-me realizada assim.

Let the end begin...

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A frescura perde-se

Há dias, na sequência de um post do Blog Ás nove no meu Blogue (que eu tanto gosto), escrevi que:

"Trabalhar o desapego é um dos grandes desafios de todos nós e nem sempre estamos dispostos a esse esforço. Mas há situações em que vale mesmo a pena. E quando uma porta se fecha e parece não existir janelas, há sempre uma forma de deitar abaixo os muros e voar noutra direcção:)"

Eu sei que há muita desgraça no mundo, mas vamos apenas falar no contexto da nossa vida, neste nosso mundinho aqui, com uma vida normal, numa sociedade sem guerras nem desgraças evidentes.

É realmente dificil trabalhar o desapego, trabalhar o nosso mundo sem dependência do externo. Conseguir olhar para dentro sem imediatamente acusar o de fora. Conseguir tomas as rédeas da nossa vida, sem nos fazermos de vítimas de tudo e mais alguma coisa.

É dificil não acusar o tempo do meu mau humor hoje.
É díficil não acusar o trabalho pelas minha dores de cabeça.
É difícil não acusar as crianças pelo meu cansaço físico.

Mas então como consigo controlar isto? Como consigo controlar esta necessidade de vitimização? Esta dependência daquilo que não sou eu? Como posso sair desta espiral?

Com muito esforço e com muita força de vontade? Pois...

Conseguirmos não nos identificarmos com a situação. Não sermos a situação. Desapegar-mo-nos do que vemos, do que sentimos...
Conseguir ver tudo de cima, dos lados, de um outro olhar que não o da nossa mente.

E tudo muda? Muda.
Consegue-se fazer? Consegue-se.
Sempre? Não sei. Eu não consigo sempre. Mas consigo mais vezes do que conseguia há um ano atrás.

E é impressionante como realmente a imagem muda. A nossa situação de dependência, a nossa identificação com a situação/pessoa/objecto, a nossa possessividade... quando vista por nós e não pela nossa mente.

São estas situações de dependência, que creio não serem mais que demonstrações de insegurança, medos, que muitas vezes nos bloqueiam. Bloqueiam a nossa liberdade. E qualquer coisa que bloqueie a nossa liberdade, é cortar no ar. É cortar na frescura das coisas. É cortar na felicidade. E perdem-se oportunidades. Perdem-se janelas que se abrem. Perdem-se capacidades de luta. E muros erguem-se. Muros que de repente não conseguimos destruir. E ficamos presos. Apegados. E a frescura... perde-se.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Aniversário da C.

A minha menina C. fez 3 anos há duas semanas...
Olho para ela e vejo de repente o meu bebé a desaparecer. Está a ficar uma menina crescidinha e, apesar de não ter quaisquer saudades de quando era bebé mesmo, faz-me pensar que realmente estes primeiros anos passam a correr e rapidamente vamos deixar de tê-los debaixo do nosso olhar.

Enfim, lamechices que não valem a pena. É o ciclo da vida e há que aproveitar cada momento.

Queria mostrar-vos o bolo que fizemos, eu e as minhas queridas amigas S. e Lu. Uma aventura a 3 formidável. Quando fazemos as coisas em conjunto com quem mais gostamos o resultado só pode ser muito divertimento, companheirismo e muita amizade.

A receita do bolo é do livro http://www.fnac.pt/Momentos-Doces-Mafalda-Matias/a673042, do qual já fiz os cupcakes de baunilha aqui.
Como eu queria um bolo de massa branca, pois os meninos da sala da C. são todos de 3 anos, fiz esta receita duas vezes e coloquei um bolo por cima do outro com recheio de morango. Como voltei a repetir o mesmo para a festa lá em casa, sei que ficou muito bom.

RECEITA
Massa:
- 250g de manteiga (à temperatura ambiente)
- 250g açucar
- 200g de farinha (usei com fermento)
- 1 c. chá cheia de fermento
- 6 ovos
- 50ml de leite

Preparação:
1. Pré-aqueça o forno a 180ºC.
2. Unte uma forma com manteiga e farinha.

Modo tradicional:
2. Para a massa, bata a manteiga com o açúcar. Junte os ovos inteiros, um a um, e bata na velocidade máxima até obter uma textura aveludada. Junte o leite e bata. Junte a farinha peneirada e previamente misturada com o fermento e bata na velocidade mínima apenas para incorporar.
3. Coloque na forma.
4. Leva ao forno 30 minutos. Retire e deixe arrefecer totalmente.

5. Repetir o processo.


Mesa de trabalho:


Partes do bolo em preparação:


Bolo finalizado:


Restos do bolo:


A inspiração do bolo veio deste link.

A C. ajudou no 2º bolo quando foi para a festa de familia no fds. Estava numa alegria só de mexer na pasta e lá se entreteve com os materiais.




Obrigada queridas amigas S. e Lu por esta ajuda preciosa e pelos momentos bons nesta partilha!

E Feliz aniversário à minha filhota linda!
No fds passado já estava a dizer que queria um bolo da Kitty. Ela não tem noção do tempo, mas eu tenho noção do trabalhão que dá e parece-me que agora só daqui a um ano, pois fico sempre sem paciência após estas aventuras!